NOVIDADE EM TRATAMENTO DE FERIDAS

TRATAMENTO COM LARVA DE MOSCA PARA DESBRIDAMENTO DE FERIDAS

Pesquisadores publicaram, recentemente, no Archives of Dermatology, um estudo em que procuraram estudar a eficácia de larvas envelopadas no debridamento de feridas, comparada ao tratamento convencional. 
Foi realizado um ensaio clínico randomizado, multicêntrico, controlado, prospectivo, fase 3, com avaliação cega das medidas de desfecho por um único observador. O estudo foi conduzido em dois centros hospitalares de referência em Caen e em Lyon, na França. A amostragem randômica de 119 pacientes incluiu indivíduos com ferida não cicatrizada, escarificada com crosta, de área igual ou inferior a 40 cm², com profundidade inferior a 2 cm, e índice tornozelo-braquial igual ou superior a 0,8. Durante a internação hospitalar de duas semanas, os pacientes receberam o tratamento para debridamento com larvas de mosca (DLM) ou com tratamento convencional. À alta hospitalar, curativos convencionais foram aplicados e uma consulta de acompanhamento ocorreu no trigésimo dia.
A principal medida de desfecho foi o percentual de crosta nas feridas no 15o dia. Houve diferença significativa entre os grupos no dia 8 (54,5% no grupo DLM e 66,5% no grupo controle; P = 0,04). A média percentual de crosta no 15o dia foi de 55,4% no grupo DLM e de 53,8% no grupo controle (P = 0,78).
Os pesquisadores concluíram que, embora o debridamento com larvas de mosca não mostrou benefício significativo no 15o dia, comparado ao tratamento convencional, o debridamento com larvas de mosca é significativamente mais rápido e ocorre durante a primeira semana de tratamento. Como não há benefício na continuidade do tratamento após uma semana, outro tipo de curativo deve ser utilizado após duas ou três aplicações de larvas de mosca.


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